Não há comprovação científica da eficácia do uso de antiparasitários (como a Ivermectina) contra o novo Coronavírus (COVID-19).
Este medicamento começou a ser bastante discutido após a divulgação de estudos in vitro com células infectadas pelo vírus.
A pesquisa apresentou a diminuição da replicação viral, e redução da quantidade de vírus nessas células. Porém, a própria conclusão desse estudo coloca que não se deve replicar tal experimento em humanos.
Os testes in vitro encontram-se nos níveis mais básicos da pesquisa na área de saúde e, resultados encontrados in vitro não podem ser tomados como verdadeiros in vivo.
“Os antiparasitários ivermectina e nitazoxanida parecem ter atividade in vitro contra a SARS-CoV-2, porém ainda não há comprovação de eficácia in vivo. Muitos dos medicamentos que demonstraram ação antiviral in vitro (no laboratório) não tiveram o mesmo benefício in vivo (em seres humanos). Só estudos clínicos permitirão definir seu benefício e segurança na COVID-19”, afirmou a Sociedade Brasileira de Infectologia, no Informe Nº 15, divulgado no dia 30 de Junho de 2020.
Sendo assim, não existe nenhuma evidência/comprovação científica para o uso da Ivermectina, tanto como profilaxia como para tratamento da fase precoce em pacientes com a COVID-19.
É importante ressaltar que a Ivermectina também havia apresentado resultados semelhantes contra vírus como HIV, dengue, influenza e Zika Vírus, e nenhum destes se mostrou eficaz na prática clínica.
Artigos sobre o tratamento precoce e o uso de medicamentos contra o Coronavírus: