As Infecções Sexualmente Transmissíveis são doenças causadas por vírus, bactérias e vários outros micro-organismos, que são transmitidos através da relação sexual desprotegida.
Na época do carnaval, a disseminação dessas doenças aumenta bastante. Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) comprovaram esse aumento. Em fevereiro de 2018, foram notificados 1.039 casos de sífilis na região, após o Carnaval, no mês de março, o número de casos notificados foi para 1.295. O mesmo padrão foi observado em 2017.
As ISTs mais conhecidas são:
- Aids (HIV)
- Cancromlie
- Clamídia
- Gonorreia
- Condiloma acuminado (HPV)
- Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
- Donovanose
- Hepatites virais
- Herpes
- Infecção pelo Vírus T-linfotrópico humano (HTLV)
- Linfogranuloma venéreo
- Sífilis
- Tricomoníase
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) ou Doença Sexualmete Transmissível (DST)?
A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Por que o termo “doença” implica em sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo.
Já ‘Infecções’ podem ter períodos assintomáticas (sífilis, herpes genital, condiloma acuminado, por exemplo) ou se mantém assintomáticas durante toda a vida do indivíduo (casos da infecção pelo HPV e vírus do Herpes) e são somente detectadas por meio de exames laboratoriais.
Principais sintomas
São três os principais sintomas: corrimento, lesões, úlceras e verruga. Elas podem acometer os órgãos genitais, masculino e feminino, região anal e também pode acometer outras áreas do corpo, como lábios, mãos – dependendo de onde teve contato durante o ato sexual.
É importante lembrar que estas doenças existem diagnóstico. Então, se você apresentar alguns destes sintomas, busque atendimento médico e ele irá solicitar os exames de laboratório para fazer o diagnóstico.
No caso do HIV, se você durante o Carnaval tiver alguma relação desprotegida com um parceiro não conhecido, busque atendimento médico, porque você pode fazer o uso do PEP – Profilaxia Pós-Exposição – até 72h após o ocorrido, o que diminui muito as chances de você ter infecção pelo HIV.
Diagnóstico
A anamnese (“conversa” entre o médico e o paciente), a identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame físico constituem-se como elementos essenciais. Durante o exame físico, deve-se proceder, quando indicado, à coleta de material biológico para a realização de testes laboratoriais ou rápidos.
É importante ressaltar que, mesmo que não haja sinais e sintomas, as IST podem estar presentes e ser, inclusive, transmissíveis. Atualmente, o Ministério da Saúde vem incentivando a realização do teste rápido como importante estratégia de saúde pública na ampliação do diagnóstico.
De maneira particular, os testes rápidos são testes nos quais a execução, leitura e interpretação do resultado ocorrem em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Podem ser realizados com amostras de sangue total obtidas por punção digital ou punção venosa, e também com amostras de soro, plasma e fluido oral.
Prevenção
Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das IST, em especial do vírus da Aids, o HIV.
Outra forma de infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. A Aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o bebê durante a gravidez, o parto. E, no caso da Aids, também na amamentação.
Se você tem uma vida sexual muito ativa, com vários parceiros, lembre-se: use o preservativo! Mas, use também a PrEP.
A PrEP – Profilaxia Pré-Exposição
A Prep, a Profilaxia Pré-Exposição, são comprimidos que você toma todos os dias para você ter proteção contra a infecção pelo vírus HIV.
Para proteção para sexo vaginal, você precisa está tomando esse medicamento por 20 dias. E, para sexo anal, por no mínimo sete dias. E lembrando: tem que tomar o remédio todos os dias. E ele tem que ser usado de forma combinada com o preservativo, para evitar infecção pelas outras ISTs.
Ele não é fornecido apenas pela rede pública. O Ministério da Saúde possui uma lista de locais habilitados para fornecê-lo, clique aqui para ver.