O Ministério da Saúde informou que de janeiro até o dia 30 de abril o país registrou duas mortes por sarampo, ambas no estado de Roraima. Segundo a pasta, a evolução para óbito ocorreu nesses casos porque havia comorbidades (quando pacientes já têm alguma debilidade por outra doença). O ministério informa ainda que o país tem 103 casos confirmados e 289 em investigação.
O Ministério da Saúde não informou quais casos no Brasil são importados ou autóctones (quando a infecção ocorre entre indivíduos de um mesmo território).
O aumento de casos no Brasil é recente e começou no início desse ano. Em 2016, o país havia recebido — junto com outros países das Américas — um certificado de que a doença havia sido eliminada do território. Antes disso, entre 2013 e 2015, entretanto, ocorreram surtos relacionados à importação do sarampo, com 1.310 casos no período. O maior número de casos foi registrado nos estados de Pernambuco e do Ceará.
A pasta informa que está concentrando esforços para manter o certificado de eliminação com ações de vigilância epidemiológica, laboratórios e estratégias de imunização. O ministério informa que enviou 737,9 mil doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) foram enviadas de janeiro a babril para Roraima e Amazonas.
Também o ministério fez campanhas publicitárias em rádio e televisão nesses estados. A campanha foi até o dia 20 de abril. Cabe lembrar, entretanto, que trata-se de um alerta já que a vacina tríplice viral faz parte do calendário vacinal do Brasil e está disponível o ano inteiro em todas as unidades de saúde do país.
Casos no mundo
A situação brasileira é sintomática de um aumento dos casos de sarampo registrados em todo o mundo. De 2016 para 2017, a OMS alertou que a Europa registrou um aumento de 400% no número de casos.
Movimentos antivacina, principalmente na Europa, e afrouxamento em campanhas de vacinação em todo o mundo têm sido apontadas como responsáveis pelo aumento repentino do número de casos de sarampo.
Fonte: G1 – https://goo.gl/aeg9N4