Conheça os sintomas de cada estágio, como se prevenir e o tratamento da doença:
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida na maioria dos casos através do contato sexual sem uso de preservativo. São quatro estágios da doença: primário, secundário, latente ou terciário.
Nos dois primeiros estágios, a probabilidade de transmissão é maior.
Os sintomas da sífilis variam conforme a doença se agrava. Eles costumam se manifestar entre três e 12 semanas após a infecção, se iniciando com o aparecimento de feridas, na região genital ou na boca, que não sangram e são indolores, porém quando friccionadas liberam um líquido transparente.
A sífilis primária, estágio inicial da doença, surge cerca de três semanas após o contágio. Os sintomas são caracterizados pelo aparecimento do cancro duro, que são pequenas lesões avermelhadas nos órgãos genitais e que geralmente desaparecem após quatro ou cinco semanas sem deixar cicatrizes. Nos homens, essas feridas surgem em volta do prepúcio, enquanto nas mulheres aparecem nos pequenos lábios e parede vaginal. O cancro duro também costuma surgir no ânus, boca, língua, mamas e dedos das mãos.
Já no estágio secundário, os sintomas se manifestam cerca de seis a oito semanas depois do desaparecimento das lesões causadas pela sífilis primária. Na nova fase, as lesões aparecem espalhadas pela pele e nos órgãos internos do corpo. Alguns sintomas são: manchas vermelhas na pele, boca, nariz, palmas das mãos e plantas dos pés; descamação da pele; ínguas na região genital; dor de cabeça; dor muscular; dor de garganta; mal estar; febre leve; falta de apetite e perda de peso. Essa fase permanece durante os dois primeiros anos da doença, e depois surge em forma de surtos que regridem espontaneamente, mas que passam a ser cada vez mais duradouros.
A sífilis terciária aparece em pacientes que não conseguiram combater espontaneamente a doença na fase secundária ou que não fizeram o tratamento adequado, surgindo depois de 10 a 30 anos da infecção inicial. Entre os sintomas estão problemas em órgãos internos, como coração, nervos, fígado, músculos, vasos sanguíneos e ossos; lesões maiores na pele, boca e nariz; dor de cabeça constante; náuseas e vômitos frequentes; rigidez no pescoço, apresentando dificuldade para movimentar a cabeça; convulsões; perda auditiva; vertigem; insônia; AVC; reflexos exagerados e pupilas dilatadas; delírios; alucinações e diminuição da memória recente, da capacidade de orientação e de desenvolver cálculos matemáticos simples.
Por fim, no estágio final, a chamada sífilis latente, a doença possui os mesmos sintomas da infecção secundária, porém eles se espalham para áreas do cérebro, sistema nervoso, pele, ossos, articulações, olhos, artérias, fígado e coração. Para se prevenir da doença, é imprescindível o uso de camisinha em relações sexuais. Também é necessário o acompanhamento da gestante durante o pré-natal, em caso de sífilis congênita, quando a mãe está infectada. Felizmente, a sífilis tem cura e pode ser facilmente tratada com injeções de penicilina, porém o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, para evitar o surgimento de complicações graves em órgãos como o cérebro, coração e olhos.
Se for identificada precocemente, a doença não costuma causar grandes danos à saúde e o paciente é curado rapidamente. Ao longo do tratamento, deve-se fazer visitas regulares ao médico para garantir que está tudo bem, além de realizar exames de sangue de acompanhamento por cerca de um ou dois anos para confirmar que não há mais infecção.