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Quando devo procurar um infectologista?

Quando devo procurar um infectologista?

Diferente da maioria das especialidades médicas, o infectologista não é especializado em uma parte do corpo, mas sim em doenças infecciosas. Isso quer dizer que sua especialidade depende do tipo da doença, não o local acometido por ela. Ou seja: não importa qual órgão esteja infeccionado, o infectologista estará apto a resolver o problema.

Ocorre que, quando uma pessoa fica doente, é natural que ele procure o especialista do órgão que foi acometido pela doença. Dessa forma, quando um paciente está com suspeita de, por exemplo, piodermite (infecção na pele), é instintivo que ele procure um dermatologista.

Por mais que o dermatologista esteja apto a resolver a maioria das ocorrências de piodermite, é possível que alguns casos sejam encaminhados para o infectologista. Isso porque o dermatologista é especialista em pele, mas não especificamente no tratamento de infecções na pele. Dessa forma, não raramente ocorrem situações onde o paciente foi encaminhado para um infectologista somente depois do agravamento da infecção — seja por diagnóstico tardio ou por um tratamento ineficiente.

Logicamente que nem sempre esse será o caso e, na maioria das vezes, o especialista do órgão será capaz de resolver o problema. Contudo, existem algumas doenças em que podem ser melhor tratadas se forem diretamente para um infectologista. São alguns exemplos:

HIV/AIDS

Embora ainda não exista uma cura, portadores do vírus da AIDS já conseguem conviver com a doença de maneira tranquila, sem que isso prejudique sua produtividade. Isso porque, assim como outras doenças crônicas, como a hipertensão arterial ou diabetes, já existem medicamentos capazes de controlar o HIV de forma excelente, fazendo com que o paciente leve uma vida normal.

O tratamento para o vírus da AIDS é feito com base em medicamentos, com o paciente sendo acompanhado por um médico infectologista, normalmente. Além de acompanhar o tratamento, uma orientação mais adequada sobre a doença e seus métodos de prevenção também costumam ser dadas por um médico infectologista.

Hepatite viral

Causadas pelos vírus A, B e C, as hepatites virais tendem constituir uma das mais importantes e recorrentes áreas de atuação dos infectologistas, de modo que os profissionais da área sempre estão buscando se atualizar sobre o tema. Como a grande maioria dos casos de infecção por hepatite é assintomática, os primeiros sintomas tendem a aparecer somente quando a doença já evoluiu para algo mais grave, como uma cirrose ou câncer hepático.

Em função disso, o diagnóstico ainda na fase assintomática é de extrema importância. Normalmente a doença é identificada através de exames sorológicos. O infectologista tende a ser o especialista mais adequado para a solicitação e, principalmente, interpretação desses exames, além de ser indicado também no tratamento e acompanhamento dos pacientes infectados.

Sífilis

Transmitida geralmente através de relações sexuais, mas podendo ocorrer também por transfusão de sangue ou de mãe para filho na hora do parto, a sífilis é uma perigosa doença com três estágios diferentes, cada um com sintomas distintos. No estágio inicial, o sintoma se resume a uma ferida indolor, geralmente na genitália, boca ou ânus. No segundo estágio, após a cura da ferida inicial, ocorre uma irritação na pele. Então, não há sintomas até a fase final, que pode ocorrer somente anos mais tarde. Essa fase final pode resultar danos no coração, nervos ou cérebro.

O infectologista é o profissional indicado para realizar o tratamento, que é feito através de penicilina. Entretanto, mesmo após a cura, é importante que o paciente continue realizando o acompanhamento com o infectologista para garantir que a doença não volte.